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segunda-feira, 23 de março de 2009

Literatura.



No limiar da cor.

Judith Stone.

Quando Sandra Laing nasceu, em 1955, filha de um casal africânder a favor do apartheid, no coração de uma África do Sul conservadora, foi oficialmente registada como uma criança branca. Mas, desde o seu primeiro dia num internato para brancos, um grupo de alunos e professores começaram a importuná-la impiedosamente por causa da sua cor de pele acastanhada e do seu cabelo encarapinhado. Sannie e Abraham Laing justificavam a aparência de Sandra com uma união inter-racial bem antiga na sua história familiar e juraram que Sandra era sua filha. No entanto os vizinhos pensavam que a Sra. Laing tinha cometido adultério com um negro. A família foi ostracizada. Quando Sandra tinha dez anos, foi retirada da escola pela polícia e reclassificada como "mestiça" – de raça mista.

No Limiar da Cor é uma exploração da natureza da memória, a construção social da raça, crueldade, insanidade e arbitrariedade do apartheid. É, também, um drama pessoal emocionante que confirma a resistência do espírito humano apesar das formas horríveis que o ser humano usa para se magoar.

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