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terça-feira, 14 de abril de 2009

Sedução




A poesia me pega com sua roda dentada,
me força a escutar imóvel
o seu discurso esdrúxulo.
Me abraça detrás do muro, levanta
a saia pra eu ver, amorosa e doida.
Acontece a má coisa, eu lhe digo,
também sou filho de Deus,
me deixa desesperar.
Ela responde passando
a língua quente em meu pescoço,
fala pau pra me acalmar,
fala pedra, geometria,
se descuida e fica meiga,
aproveito pra me safar.
Eu corro ela corre mais,
eu grito ela grita mais,
sete demônios mais forte.
Me pega a ponta do pé
e vem até na cabeça,
fazendo sulcos profundos.
É de ferro a roda dentada dela.

Adélia prado.

1 comentário:

Anónimo disse...

COMO EM TUDO QUANDO NÃO SE QUER FALHAR,OU FAZ-SE UM ORÇAMENTO, OU UM RASCUNHO,ASSIM FEZ DEUS, QUANDO PENSOU DAR COMPANHIA AO HOMEM, 1º TINHA-O CONSTRUIDO, E ENTÃO COMO O RASCUNHO JÁ ESTAVA FEITO DEPOIS SEM QUALQUER ERRO FEZ A OBRA PRIMA.---A MULHER.--COMO MOSTRA ESTA PINTURA LINDA NÃO'?------DE COIMBRA.