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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Noite de Sonhos Voada.




Noite de sonhos voada
cingida por músculos de aço,
profunda distância rouca
da palavra estrangulada
pela boca armodaçada
noutra boca,
ondas do ondear revolto
das ondas do corpo dela
tão dominado e tão solto
tão vencedor, tão vencido
e tão rebelde ao breve espaço
consentido
nesta angústia renovada
de encerrar
fechar
esmagar
o reluzir de uma estrela
num abraço
e a ternura deslumbrada
a doce, funda alegria
noite de sonhos voada
que pelos seus olhos sorria
ao romper de madrugada:
— Ó meu amor, já é dia!...

Manuel da Fonseca, in "Poemas Dispersos"

6 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ava disse...

Manuel, é dificil elogiar algo tão belo...
A gente sempre cai no lugar comum...na repetição de palavras, ou peca pelo excesso...

Gosto muito de vir aqui apreciar seus escritos...

E quando me deparo com um poema tão lindo, me extasio de poesia...

Unknown disse...

A Bélgica é um país cinzento e com pouco Sol.
Profissionalmente é bom.
Bjs.

conduarte disse...

Pois é... Mudar as verdades é uma coisa péssima né? Eles se acham tão poderosos, que acreditam que podem até isso....

Super beijo e obrigada, CON

angela disse...

Bonito poema. Postou um muito lindo no meu blog e vou publica-lo, para todo mundo ler.
Beijos

Ângela disse...

Oi Manuel!!!
Seus textos são sempre sensíveis e emocionantes.
Fico emocionada com seu bom gosto literário.
Um grande abraço, amigo.
Bom fim de semana.
Ângela