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domingo, 26 de julho de 2009

Dúvida




Tudo para mim é um duvidar
Com a normalidade sempre em cisão,
E o seu incessante perguntar
Cansa meu coração.
As coisas são e parecem e o nada sustém
O segredo da vida que contém.

A presença de tudo sempre perguntando
Coisas de angústia premente,
Em terrível hesitação experimentando
A minha mente.
É falsa a verdade? Qual o seu aparentar
Já que tudo são sonhos e tudo é sonhar?

Perante o mistério vacila a vontade
Em luta dividida dentro do pensar,
E a Razão cede, qual cobarde,
No encontrar
Mais do que as coisas em si revelam ser,
Mas que elas, por si só, não deixam ver.

Alexander Search, in "Poesia"

2 comentários:

Graça Pereira disse...

Mas esta dúvida ficará eternamente connosco. No dia em que não perguntarmos mais nada, a vida perde sua ilusão. Lindo esta "Dúvida". Boa semana. um beijo Graça

angela disse...

Poucas coisas sabemos, uma delas é que nunca conhecemos completamente, sempre tem algum aspectos que permanece incognoscivel.
beijo