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sábado, 18 de julho de 2009

Janela do Sonho .




Abri as janelas
que havia dentro de ti
e entrei abandonado
nos teus braços generosos.

Senti dentro de mim
o tempo a criar silêncio
para te beber altiva e plena.

Mil vezes
repeti teu nome,
mil vezes,
de forma aveludada
e era a chave
que se expunha
e fecundava dentro de mim.

Já não se sonha,
deixei de sonhar,
o sonho é poeira dos tempos
é a voz da extensão
é a voz da pureza
que dardejava na nossa doçura.

Quando abri as tuas janelas
e despi teus braços
perdi a vaidade
e a pressa,
amei a partida
e em silêncio abri,
(sem saber que abria)
uma noite húmida
em combustão secreta
desmaiado no teu ombro
de afrodite.

Carlos Melo Santos, in "Lavra de Amor"

3 comentários:

angela disse...

que imagem bonita do amor
beijos amigo

Anónimo disse...

-QUEM NÃO TIVER SOFRIDO O QUE SOFRI,NÃO ME DÊ CONSELHOS,
DIZIA SÓFOCLES.

É QUE UMA COISA É DIZER OU ACONSELHAR,
E OUTRA COISA É SOFRER NA PRÓPRIA CARNE.

PedrasTuas disse...

Quero esta janela no meu quarto, quendo tiver um quarto onds e possa fazer o que quero. Talvez a colocasse no tecto. O texto, esse, escrevê-lo-ia numa parede, onde só ele reinaria. Querido amigo vou ter de "roubar este "sonho lindo".
Pode ser que entretanto apareça o meu quarto...

Um beijo grande...bom domingo!

Já se encontra por terras lusitanas a percorrer vila poemas?

Pergunta meramente retórica?
Curiosa eu? Não. A resposta reside sempre sempre no lado de quem a detem... eu ainda aguardo em pleno atlântico...talvez um barco, quem sabe um avião...

Até breve caro Amigo!!