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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Quem não Ama...




Se a flor namora a flor que lhe é vizinha,
Se uma palma com outra enlaça os ramos,
Se nos prados, com cândidos reclamos,
Namora uma avezinha outra avezinha.

Se o mundo o seu Autor quando o sustinha,
Nos eixos do poder, que acreditamos,
Na longa rotação que divisamos,
Viu que, para o suster, Amor convinha:

Se Amor é um dever que impresso existe
Em tudo que vegeta a redondeza,
Em que o governo universal consiste:

Quem se exime de amor e a Amor despreza?
Quem ataca esta Lei? Quem lhe resiste?
Quem não ama, desmente a Natureza.

Francisco Joaquim Bingre, in 'Sonetos'

4 comentários:

angela disse...

Quem não ama desmente Deus.
beijos

Anónimo disse...

QUANDO SE AMA DIZ-SE...

SE OS BEIJOS FOSSEM ÁGUA,
TE DARIA UM OCEANO.

SE OS ABRAÇOS FOSSEM PLANTAS,
TE DARIA UM QUINTAL.


SE A VIDA FOSSE UM PLANETA,
TE DARIA UMA GALÁXIA.

-SE A AMIZADE FOSSE UMA VIDA,
TE DARIA A MINHA.

BEIJINHO.

PedrasTuas disse...

Amar os amigos e amar simplesmente o Amor é também amar?

Não me queria sentir fora de tão bela poesia...

Não amo, neste momento com garra, com paixão, mas amo o mundo, amo os meus semelhantes e em especial os meus meninos...

Pode contar? Pelo menos por agora que ainda não tive uma flor que se aproximasse de mim e quisesse ficar perto, entrelaçada...

Amo um "amigo" mas que como já uma vez disse "nem demais,nem de menos..."
Somos dois solitários que se entendem na distância...

Também conta?

Diga que sim...
Um beijo.

PedrasTuas disse...

Mais um textos dos arquivos...

Para ver se consigo explicar como é que vivo sem amar...se é que é possível...


De onde vem esse sentimento
que me corrói,
que me faz acreditar incapaz,
que me destrói?

De onde vem essa sensação,
de alma vazia,
de que não tenho coração,
de que acabou a magia?

De onde vem esse medo,
de que abriu a porta,
de que revelou meu segredo,
de que mais nada importa?

De onde vem essa tristeza,
de que não existe felicidade,
de que acabou a beleza,
de que impera a saudade?

De dentro da minha solidão.
ML Frankust

Publicado no Recanto das Letras em 15/04/2007
Código do texto: T450392