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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Nem tudo é dias de sol...


Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se
-Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E quando haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...

Fernando Pessoa

4 comentários:

AFRICA EM POESIA disse...

Linda imagem


espelha o Amor...
e saber amar...
não é para todos
Um beijinho com muito carinho...para ti...

angela disse...

Sempre especial o Fernando Pessoa.
beijos

Sylvia disse...

Fernando Pessoa e Fernando Pessoa. Mas ha que lembrar que sol em demasia ou chuva em demasia matam do mesmo modo (ca para mim prefiro morrer a chuva do que de sede). Haja equilibrio... Que nao ha. Aqui, nem sol nem chuva. So aquela coisa cinzenta, viscosa de atravessar. Sufocante.

Rosan disse...

A beleja do sol, ou da chuva esta nos olhos de quem ve, ou no coração que sente...
a morte, é mais uma mudança de endereço;
equilíbrio, que haja equilíbrio.
Beijinho
Rosan