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domingo, 27 de junho de 2010

Lei




O que é preciso é entender a solidão!
O que é preciso é aceitar, mesmo, a onda amarga
que leva os mortos.

O que é preciso é esperar pela estrela
que ainda não está completa.

O que é preciso é que os olhos sejam cristal sem névoa,
e os lábios de ouro puro.

O que é preciso é que a alma vá e venha;
e ouça a notícia do tempo,
e entre os assombros da vida e da morte,
estenda suas diáfanas asas,
isenta por igual.
de desejo e de desespero.

Cecília Meireles, in 'Poemas (1954)'

6 comentários:

r disse...

Que poema lindo.
Amei a sua escolha.

Beijinhos

Maria Rodrigues disse...

Amigo, lindo poema.

"...Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo."

Clarice Lispector

Um excelente fim-de-semana
Bjs do tamanho do infinito
Maria

angela disse...

Ela é boa demais.
Escolheu bem amigo
beijos

Bárbara Rezende disse...

Ceciclia Meirelles é tudoooo!!!

Amo!!!

Bom fim de semana!!!

bjks

Marilu disse...

Querido amigo, solidão não se entende, vive-se....e é uma das piores companhias. Tenha um lindo domingo...Beijocas

Manuela Freitas disse...

Cecília fala mais alto e diz...
Bj,
Manú