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domingo, 3 de outubro de 2010

Farol.



"O amor é uma luz que não deixa escurecer a vida ..."

sábado, 2 de outubro de 2010

Elixir...


No meio da tristeza ,sorrio para a vida como conhecesse o elixir que transforma o amor e o desamor em paz interior.Procuro uma razão para este estado de alma,não encontro,rio-me de mim mesmo.Creio que a própria vida é o único segredo, a única razão para a felicidade.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Sem rumo.


Sinto uma mágoa
como espinhos que se cravam
na minha pele
na minha face rola uma lágrima
que se funde no sabor
amargo-salgado
da dor...
Porque é que ao amar
se tem que chorar
sentir o gosto a fel
porque é que no amor
também se sente dor...
Sem remos
sem leme
sem rumo
arrasto-me em direcção ao vazio
sinto a tua desilusão
amor amargo-salgado
neste frágil navio
procuro a solidão.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Espinhos...


No"meu"jardim
cuido das minhas flores
são lindas
são para ti
têm mil cores...
No"teu"jardim
há perfumes
odores
há o cheiro de ti
que o vento trás para mim
no pólen das flores...
No"meu" e"teu" jardim
há pétalas de amor
cravos
rosas
espinhos e dor...

Literatura.


Sinopse:
Podemos viver toda uma vida sem nos apercebermos de que aquilo que procuramos está mesmo à nossa frente.
15 de Julho de 1988. Emma e Dexter conhecem-se na noite em que acabam o curso. No dia seguinte, terão de seguir caminhos diferentes. Onde estarão daqui a um ano? E no ano depois desse? E em todos os anos que se seguirão?
Vinte anos, duas pessoas, um DIA.


Autor: David Nicholls.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O meu silêncio...


As palavras que nunca te disse
guardas na minha memória
são ecos de mim
do amor que sinto por ti
pedaços da minha história...
São gritos da minha alma
lamentos e ais
são palavras doces
simples
e outras cousas mais...
São palavras que agem
sem serem faladas
o silêncio
é o espaço que as envolve
são sonhos,solidão
vento secreto
que sopra ao coração...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pego na tua mão...


Incitado pela lua
vinda de lugar nenhum
pego na tua mão
caminho lentamente
sinto o teu calor
o bater do coração..
Como será o teu toque
no meu corpo
demorado sobre a minha pele ?
Caminho pela praia
areia fresca debaixo dos meus pés
olho o mar
afago teu corpo macio de linho cambraia...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Janelas do tempo.



"Os labirintos são janelas, portais que nos aprisionam .De quem nos ama, esperamos sobretudo de um pouco de mais tempo ..."

domingo, 26 de setembro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O infinito...


Se o amor cabe numa só flor, então é infinito

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ansiedade.


Quero escrever palavras
que me agitem
me tragam para a vida
das tempestades
águas e ventos
quero que os "meus" rios
da mudança
envoltos em verde da esperança
me levem para o mar
da bonança...
Quero que as minhas palavras
arrastadas por temporais
quebrem as amarras
com as forças do vento
enfrentem vagas
vendavais
rasguem nevoeiros
encontrem Sóis...
Quero o amainar das ondas
para que possa vaguear
escolher o meu rumo
livre
em liberdade pelo amor
e por cada um dos raios da rosas dos ventos
gritar ao mundo
que é a ti que quero amar...

sábado, 18 de setembro de 2010

Para a Glorinha

Do Café com Bolo

http://cafecomglorinha.blogspot.com

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Literatura.


Este é, sem dúvida, um livro que nos toca e não nos deixa indiferentes: é o testemunho de uma mãe que assistiu à luta da filha contra o cancro.
Margot faleceu a 31 de Agosto de 2007, um dia depois do seu aniversário. Tinha 24 anos.
Ana Paula Pinto não baixou os braços e continua ainda hoje a lutar contra o cancro.
Esta é uma história de amor que não terminou. E é também uma chamada de atenção para a necessidade de apoiar os doentes oncológicos em Portugal, sobretudo no que respeita aos cuidados paliativos: O Estado cobra 21% de IVA pelo aluguer de uma cama articulada ou de uma cadeira de rodas. Serão estes artigos de “luxo”?

“Olhavam o pôr-do-sol. Sentados no interior do Mercedes azul-escuro e resguardados do frio que se fazia sentir, observavam a luz do entardecer reflectida na imensidão lamacenta da baía de Alcochete.
Sob a luz alaranjada que declinava no horizonte, ele pegou na sua mão e acariciou um a um os seus dedos esguios. Calados na magia do momento, cruzavam os seus olhares, furtivamente, como duas crianças apanhadas em falta.
– Tenho cancro – tinha-lhe dito. Assim, sem reservas nem rodeios, logo na primeira troca de palavras, como se o quisesse prevenir do risco.
– Tens cancro – repetiu, pensando que não tinha abarcado o significado do que dissera. E as suas palavras ficaram, por momentos, a pairar no silêncio.”

in “Margot – Estrelinha Azul”

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Chorar de amor...


Choro
num choro sem dor
lágrimas absorvo-as
no meu interior
vejo o teu olhar
vermelho de chorar
num chorar de amor...
Choro para contentar o meu eu
choro por te ver chorar
quando olhas o céu
choro um chorar de nostalgia
sem mágoa
saudade do que não tenho
na esperança
de um novo dia...

Continuo de férias...


Continuo de férias, volto assim que me encontrar.Um grande abraço a todos! As postagens voltam a regularidade em 26 de Setembro de 2010.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

sábado, 11 de setembro de 2010

Procuro palavras.


Não encontro palavras
que vistam o meu pensamento
solitário
desesperado
neste meu espaço em branco
desnudado...
Procuro uma fórmula mágica
que transforme esta tristeza em claridade
para que no meio das trevas
acorde o meu coração
e me faça sorrir de felicidade...
Procuro palavras
sentidas
vestir meus pensamentos com clareza
sentir-me bem em mim
transparente
amar com nobreza...
Quero ao acordar
sentir que este é o meu
o teu lugar de amar
aquele cantinho dos meus sonhos
dos meus rios
que desaguam no teu azul mar...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Constância de amar.




Selo minha terra (Constância vila poema) ofereço para todo o mundo.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Amanhecer.




Quero um amanhecer em liberdade
que me liberte para amar
como o rio que corre dentro de mim
sem mágoas
no encontro com outras águas...
Um amanhecer sem cansaço
embalado nas ondas do teu amor
aninhar-me nos teus braços
descansar no teu regaço...
Quero um amanhecer para a vida
um arco íris diferente
o pólen das flores
o nosso amor
sempre presente...
Quero em cada amanhecer
renascer para a vida
onde possa ver
sentir e crer
que faz sentido
a vida ser vivida...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Estranha forma de vida.



Lindíssimo,uma sugestão da minha querida Ana Bernardo

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

domingo, 5 de setembro de 2010

A Vida Real de um Pensamento





A vida real de um pensamento dura apenas até ele chegar ao limite das palavras: nesse ponto, ele lapidifica-se, morre, portanto, mas continua indestrutível, tal como os animais e as plantas fósseis dos tempos pré-históricos. Essa realidade momentânea da sua vida também pode ser comparada ao cristal, no instante da cristalização.
Pois, assim que o nosso pensamento encontra as palavras, ele já não é interno, nem está realmente no âmago da sua essência. Quando começa a existir para os outros, ele deixa de viver em nós, como o filho que se desliga da mãe ao iniciar a própria existência. Mas diz também o poeta:

Não me confundais com contradições!
Tão logo se fala, já se começa a errar.

Arthur Schopenhauer, in 'Sobre o Ofício do Escritor'

sábado, 4 de setembro de 2010

Estabelecer Princípios


Estabelecer Princípios

Existem pessoas que têm propensão para modelar a sua vida de acordo com princípios definidos, - e outras que gostam de forjar os seus princípios de acordo com os acasos do seu destino pessoal. Em ambos os casos trata-se apenas de experimentar tornar a vida o mais cómoda possível, quando o importante é, apesar de tudo, enfrentar cada acontecimento, desembaraçado de qualquer preconceito e prevenção, mesmo correndo o risco de um constante extravio.

Arthur Schnitzler, in 'Observação do Homem.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Madrugar de fantasia...



Todo o vento que passa por mim
sabe falar teu nome
Junto aos meus rios
dois salgueiros no embalo do vento se abraçam,
dois amantes se beijam...
Ao raiar do dia
só penso em ti
por onde vou
madrugar de fantasia
estás sempre em mim
aonde eu estou...
Tuas faces rosadas
num sorriso que enteabre os teus lábios
esse brilho no teu olhar
o arfar dos teus seios
desejo louco de te amar...

literatura


Sinopse

Nestes últimos vinte e nove anos, desde que co-fundou o Omega Institute - actualmente o maior centro do mundo de retiros espirituais e crescimento pessoal -, Elizabeth Lesser tem sido testemunha do modo como as pessoas resistem à mudança e à transição.

Numa excelente mistura de histórias comoventes, pontos de vista engraçados, orientação prática e memórias pessoais, a autora, neste livro disponibiliza ferramentas que nos ajudam a tomar uma decisão quando estamos perante tempos difíceis: será que nos devemos sentir em baixo e derrotados, ou renovados e mudados?

Elizabeth Lesser partilha histórias de pessoas comuns que renasceram das cinzas da doença, do divórcio, da perda de emprego ou de um ente querido - fizeram-nas mais fortes, mais sábias e mais em sintonia com o seu propósito na vida e na paixão. À medida que aprendemos também a libertar-nos e a desabrochar na pessoa que estamos destinados a ser, a autora faz-se valer das maiores tradições espirituais e psicológicas do mundo, para nos auxiliar

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Os meus rios.




Neste recanto onde nasci
nas margens do rio Tejo
recordo sonhos do passado
onde lágrimas salgadas
desaguaram no mar
do meu desejo…
Rio Zêzere que corres dentro de mim
num desejo de te amar
no espelho límpido das tuas águas
eu vi
A imagem de um anjo azul
o seu doce olhar…
Nas origens eu vejo
as águas calmas dos meus rios
que correm em direcção ao mar
renovam os meus sonhos
amor que arde dentro de mim
constância de te amar.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Férias.

Vou andar por aí no Azul do Céu ,no Azul do Mar, nas asas do meu Anjo Azul.Volto sempre que puder, aí e aqui.

Um abraço para o mundo.


Raiva.

Blogagem colectiva.



A raiva é uma doença que remonta ao dia em que um cão foi mordido pelo homem.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Murmúrios...


Ruídos acordam-me de um sonho
murmúrios
sementeira de saudade
quero cultivar teu corpo
colher beijos
sonhos
sonhar acordado...
Noites tépidas
lânguidas
quietação na minha alma
limpidez no céu
uma áurea azul celeste
envolve o silêncio do meu quarto
noite de luz
calma...
Na montanha
irei construir nossa cabana
á noite juntos á lareira
abraçar-te-ei intensamente
e na quentura da chama
amar-te-ei eternamente.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Olhando os teus olhos...


Olho o céu azul
vejo estrelas brilhantes
teu olhar refletido
na luz do luar
estrelas cintilantes
nesse teu jeito de amar...
Para lá dos teus olhos
há encantos de luz
o lacrimejar do teu sorriso
um olhar de ternura
que me seduz...
Quero beijar esse olhar
saciar-me nas tuas lágrimas
provar o agridoce do teu chorar
no olhar transparente
do teu amar...

Olhando os teus olhos
olho os meus
são castanhos de encanto
os lindos olhos teus...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Paixão.


Quando a gente se apaixona pensa em tudo menos no que está a pensar ...

domingo, 22 de agosto de 2010

imperdível.

Valeu a pena

sábado, 21 de agosto de 2010

A todos os amigos ou amigas da bolgosfera.


Há quem por aí quem diga que desculpas não se pedem,evitam-se,mas como para mim desculpa é uma frase que pretende ser um beijo...
Desculpem se não tenho passado por aí, pois só nos esquecemos do tempo quando o utilizamos ...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Eu vou inventar...


Vou inventar
uma nova maneira de amar
em que as palavras
não sejam levadas pelo vento
que o amor seja perpetuado
em cada momento...
Vou inventar
novas palavras
outras sensações
secar tuas lágrimas
beijando teus olhos
novas emoções...
E neste inventar de marés
teu porto não é uma miragem
é um mar que tem fim
uma ansiedade de abrigo
que há em mim...
Eu vou inventar
um amor sem fim
que nunca acabe
dentro de ti
dentro de mim...

Amor Próprio.

Blogagem colectiva.




"O amor-próprio é um animal curioso, que consegue dormir sob os golpes mais cruéis, mas que acorda, ferido de morte perante uma simples beliscadura ."

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Afagos teus...


Cheiro o incenso da tua alma,paz interior profunda.Mãos que me acariciam,suaves,meigas.Afagos teus em meu corpo.
Inocente,desejoso,ardente...

Literatura

Autor:Júlio Dinis.


Sinopse.

Este romance, que é uma crónica de aldeia, passa-se no séc.XIX, no Alto Minho, e nele o autor põe em evidência as mudanças por que passa a sociedade portuguesa da época com o progresso da burguesia e a consequente decadência da nobreza. Os senhores Negrões de Vilar de Corvo, o pai D. Luís, e os filhos, Jorge e Maurício, são conhecidos como os Fidalgos da Casa Mourisca, pois assim é conhecido o velho solar onde vivem, a Casa Mourisca. Eles representam a nobreza decadente que aqui se vai unir com a nobreza em ascensão pelo casamento de Jorge com Berta, filha de Tomé da Póvoa, antigo empregado de D. Luís, cuja recente fortuna possibilitou a Berta uma melhor educação. O casamento do outro filho de D. Luís é mais do agrado do pai, já que a noiva de Maurício é a delicada prima Gabriela.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

É tempo de agarrar o tempo...


É tempo
que o mundo cinzento
se transforme num jardim de amor
que o céu de um Azul claro
raiado pelo Sol
suprima a minha dor...
É tempo
que esta máscara
corroída pelo tempo
volte a sorrir
num sorriso constante
para que te possa amar
e possuir...
É tempo
de não deixar passar o tempo
semear o teu jardim
germinar uma flor
suspirar no teu perfume
Abraçar o teu amor...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Simplesmente amar.


Pela metade
a vida nada me diz
quero amar-te por inteiro
quero ser feliz
sem restrições
possuir ter corpo impoluto
não quero um amor ligeiro
quero um amor absoluto...
Não quero um amor imaculado
puro
virtuoso
ilibado
apenas um amor generoso
quero liberdade de amar
amar
ser amado...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

domingo, 15 de agosto de 2010

Na areia da praia



Secreto
o vento sopra no coração
palavras ausentes
pedaços de mim
na areia da praia
voz do silêncio
um eco de amor sem fim..
Meu anjo azul
cúmplice das minhas emoções
mar de lágrimas salgadas
marés recordações...
Meu Anjo
meu farol
minha luz cintilante
ilumina-me
dá-me segurança
faz renascer em mim
a alegria de amar
de viver com esperança...
Secreto
o vento empurra-me
para o teus braços
sinto o teu calor
teus afagos
teus mimos
na areia da praia
meu nome
vestígios do nosso amor...

Dança nas nuvens...


Ao som de um bolero
envolvi teu corpo de mulher
em movimentos de vaivém
nas nuvens dancei
minha dama
minha querida
meu ser...

sábado, 14 de agosto de 2010

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Inveja (Blogagem colectiva.)

Desculpem qualquer coisinha.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Azul teu...


Hoje não trago sonhos
trago o azul do mar
o azul do céu
transporto o verbo amar
o azul teu...
É tudo tão suave
neste azul do mundo
gosto da palavra amar
amar-te
no azul do mar
profundo...

Se soubesses amor...


Nos meus sonhos
revejo a tua imagem
em noites de lua cheia
vejo o teu sorriso
meus sonhos são uma miragem
neste deserto de amar
onde vivo...
Se soubesses amor
dos meus sonhos
dos meus pensamentos
em quartos crescentes da Lua
dos meus tormentos
em quartos minguantes
vagueando pela rua...
De rua em rua
procuro o teu olhar
Olho as fases da lua
nuvens cinzentas cobrem o céu
meu sonho adormeceu...

Literatura



Sinopse:


Corria o Verão de 2001, quando a família de Lizete Lopo passava férias em Viseu e entrou no pesadelo de descobrir que o filho tinha uma doença gravíssima.

Depois de ter sido consultado por médicos do Porto, que garantiam que o menino estava «a fazer fita psicológica», foi na cidade de Viseu que descobriu que um dos seus «tesouros» estava ameaçado de morte.

É esta história real que Lizete Lopo conta num romance de 400 páginas, onde revela como uma família reage perante a adversidade, na busca de esperança.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A felicidade, a nossa rua...


Envolve-me em teus braços
mesmo que a distância entre nós
seja a Lua e o mar
mesmo que ventos contrários
não te deixem navegar
deixa fluir tua paixão
no entremeio de amar...
Que sejas a minha estrela
mesmo a anos de luz
e no intervalo das distâncias
fluxo de partículas do meu corpo
minha sombra
companhia
meu conforto...
Envolve-me
cinge-me completamente
ama-me
na distância do mar á Lua
o tempo nada mais é que o nosso amor
é a medida do nosso amar
a felicidade a nossa rua...

domingo, 8 de agosto de 2010

Na varanda da Florbela


Aqui cantaste nua.
Aqui bebeste a planicie, a lua,
e ao vento deste os olhos a beber.
Aqui abandonaste as mãos
a tudo o que não chega a acontecer.

Aqui vieram bailar as estações
e com elas tu bailaste.
Aqui mordeste os seios por abrir,
fechaste o corpo à sede das searas
e no lume de ti própria te queimaste.


Eugénio de Andrade

sábado, 7 de agosto de 2010

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Desejos do coração.

(Blogagem colectiva)



Desejar
é querer amar
É desfolhar o teu corpo mulher
embriagar-me no teu perfume
mal me quer
bem me quer...
Desejar
é arrancar as pétalas de uma flor
com ganas de amar
dar
e receber amor...
Desejar
é um sentimento profundo
é partilhar o que temos
dentro de nós
bem cá no fundo...
Desejar
é sentir ciúme
é chorar
é pôr as mãos no lume...
Desejar
é dizer não
ao desejo possessivo
é querer com paixão
o teu ventre mulher
e não apenas amar
quando se deseja e quer.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Caudal de amor...


Águas mansas
correm entre as margens
do rio
mágoas do passadas
meu corpo gelado
de frio...
Rio que corres para o mar
leva as minhas lágrimas
lava esta saudade
de amor magoado
dentro de mim...
Margens que separam
comprimam este caudal de amor
enlaça-me nas tuas águas
amansa-o na corrente
acaba com esta dor...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Tu mulher amada...


Tu que inquietas o meu sono
de insónia
e ilusão
asas do meu sonho
em noites de lua (cheia)
de paixão...
Tu mulher amada
extensão dos meus sonhos
de noites brancas
ilusão inventada
sonho o teu corpo
beijo a tua boca
tua alma perfumada...
Tu
desejos meus
em madrugadas ardentes
nas minhas entranhas sinto
o frio da tua ausência
odores da tua essência
o calor dos lábios teus...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Receita de amor...


Apaixonar-se é a receita que os séniors usam contra o tempo; e há tanta virtude nesse método, que voltam a ser jovens enquanto amam...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Na ânsia de te amar...


Encontro em mim
neste desencontro
vida que se arrasta
sôfrega
gasta
amor que mora em ti...
Procuro encontrar
teu rasto
teu perfume
uma flor
neste mundo vasto
onde a minha dor
o meu ciúme
se esvai
na ânsia de te amar...

domingo, 1 de agosto de 2010

Sonhos meus.


De mansinho tu chegas
quem és tu?
não te conheço
(apenas te vi em sonhos)
teus passos
leves com o vento
pisam
recalcam
meu pensamento...
Serás a minha alma
o meu espírito
minha visão
ou a intercepção da luz
do teu corpo opacto
trevas
noite
solidão...
Serás o meu anjo da guarda
serás aquela que sempre esperei
ou a sombra dos meus sonhos
que sempre amei ?

O Livro




Dos diversos instrumentos do homem, o mais assombroso é, indubitavelmente, o livro. Os outros são extensões do seu corpo. O microscópio e o telescópio são extensões da vista; o telefone é o prolongamento da voz; seguem-se o arado e a espada, extensões do seu braço. Mas o livro é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação.
Em «César e Cleópatra» de Shaw, quando se fala da biblioteca de Alexandria, diz-se que ela é a memória da humanidade. O livro é isso e também algo mais: a imaginação. Pois o que é o nosso passado senão uma série de sonhos? Que diferença pode haver entre recordar sonhos e recordar o passado? Tal é a função que o livro realiza.

(...) Se lemos um livro antigo, é como se lêssemos todo o tempo que transcorreu até nós desde o dia em que ele foi escrito. Por isso convém manter o culto do livro. O livro pode estar cheio de coisas erradas, podemos não estar de acordo com as opiniões do autor, mas mesmo assim conserva alguma coisa de sagrado, algo de divino, não para ser objecto de respeito supersticioso, mas para que o abordemos com o desejo de encontrar felicidade, de encontrar sabedoria.

Jorge Luís Borges, in 'Ensaio: O Livro'

Una lacrima sul viso.