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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Amar é preciso...




O eco do teu sorriso
flutua no ar
perde-se no vento
a ternura das tuas palavras
silenciam-se no tempo...
Grito ao tempo
e ao vento
quero um sorriso de volta
e que a ternura das palavras
ecoem em mim a todo o momento...

Silêncio
nas palavras
no sorriso
o sonho é uma constante
amar é preciso...

Literatura


O Anjo branco de José Rodrigues dos Santos.

Sinopse

vida de José Branco mudou no dia em que entrou naquela aldeia perdida no coração de África e se deparou com o terrível segredo. O médico tinha ido viver na década de 1960 para Moçambique, onde, confrontado com inúmeros problemas sanitários, teve uma ideia revolucionária: criar o Serviço Médico Aéreo.

No seu pequeno avião, José cruza diariamente um vasto território para levar ajuda aos recantos mais longínquos da província. O seu trabalho depressa atrai as atenções e o médico que chega do céu vestido de branco transforma-se numa lenda no mato.

Chamam-lhe o Anjo Branco.

Mas a guerra colonial rebenta e um dia, no decurso de mais uma missão sanitária, José cruza-se com aquele que se vai tornar o mais aterrador segredo de Portugal no Ultramar.

Inspirado em factos reais e desfilando uma galeria de personagens digna de uma grande produção, O Anjo Branco afirma-se como o mais pujante romance jamais publicado sobre a Guerra Colonial - e, acima de tudo, sobre os últimos anos da presença portuguesa em África.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Dentro de mim...




Escavando
entro nas minhas entranhas
procuro algo gravado
no fogo da minha alma...

Não sinto dentro de mim
o que me faz ser eu
apenas escuridão...

Luz
com o teu calor
faz derreter
a frieza que envolve
meu coração...

Vai ao centro do labirinto
abraçar o vazio
que lá bem no fundo
eu sinto
perdido
amedrontado
e frio...

sábado, 29 de janeiro de 2011

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Desejo em mim...





Há um desejo em mim
de ser como sou
mas não ser assim...
Há um desejo em mim
de ver o mundo como é
amá-lo de outra maneira
mas enfim...
Há um desejo em mim
que a amizade,o amor
floresçam
como as flores de um jardim...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Amor vagabundo.




Perdi o caminho
quero agarrá-lo
mas escapa-se
o tempo imóvel
solitário
trespassa-me...

Morosamente corre
o amor e o tempo
pedra
a pedra
estrada fora
empurrados pelo vento...

Todos os caminhos
me servem
estrada de fogo
caminhos do mundo
caminhos que me levam
amor vagabundo...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Infinitude dos Amantes .



Se até agora ainda não possuo todo o teu amor,
Querida, nunca o terei de todo.
Não posso soltar mais um suspiro, comover-me,
Nem suplicar a mais outra lágrima que corra;
E todo o meu tesouro, que deveria comprar-te —
Suspiros, lágrimas, juras e cartas — já gastei.
Porém, nada mais me poderá ser devido,
Além do proposto no negócio acordado:
Se então a tua dádiva de amor foi parcial,
Que parte a mim, parte a outros, caberia,
Querida, nunca te possuirei totalmente.

Mas, se então me deste tudo,
Tudo seria apenas o tudo que ao tempo tinhas;
E se em teu coração, desde então, existe ou venha
A existir novo amor gerado por outros homens,
Cujos haveres estejam intactos e possam, em lágrimas,
Em suspiros, em juras e cartas, exceder a minha oferta,
Este novo amor pode suscitar novos receios,
Dado que um tal amor não foi jurado por ti.
Mas se foi, sendo as tuas dádivas gerais,
O terreno — o teu coração —, é meu, e o que quer
Que nele cresça, querida, pertence-me totalmente.

Porém, também não o quereria todo ainda,
Porque quem tudo tem nada mais pode possuir
E visto que o meu amor deve aceitar cada dia
Um novo aumento, deverias reservar-me novas recompensas.
Não podes dar-me o teu coração todos os dias,
Porque se pudesses, é porque nunca mo tinhas dado.
E tais são os enigmas do amor: ainda que teu coração parta,
Fica em casa; e ao perdê-lo, tu salvaste-o.
Mas nós encontraremos um caminho mais nobre
Que a troca de corações: poderemos uni-los, e assim
Seremos um, e o todo de cada um.

John Donne, in "Poemas Eróticos"

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Não Sei se Isto é Amor ...





Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar,
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo;
E apesar disso, crê! nunca pensei num lar
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.
Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito.
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos.
Nem depois de acordar te procurei no leito
Como a esposa sensual do Cântico dos cânticos.
Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo
A tua cor sadia, o teu sorriso terno...
Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso
Que me penetra bem, como este sol de Inverno.
Passo contigo a tarde e sempre sem receio
Da luz crepuscular, que enerva, que provoca.
Eu não demoro a olhar na curva do teu seio
Nem me lembrei jamais de te beijar na boca.
Eu não sei se é amor. Será talvez começo...
Eu não sei que mudança a minha alma pressente...
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,
Que adoecia talvez de te saber doente.

Camilo Pessanha, in 'Clepsidra'

domingo, 23 de janeiro de 2011

Metallica com a orquestra sinfónica de San Francisco



"Quem ouve música, sente a sua solidão de repente povoada."

sábado, 22 de janeiro de 2011

Amar...





Temos de amar e não deixar de viver ...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Amar é Raro



Amar é dar, derramar-me num vaso que nada retém e sou um fio de cana por onde circulam ventos e marés. Amar é aspirar as forças generosas que me rodeiam, o sol e os lumes, as fontes ubérrimas que vêm do fundo e do alto, água e ar, e derramá-las no corpo irmão, no cadinho que tudo guarda e transforma para que nada se perca e haja um equilíbrio perfeito entre o mesmo e o outro que tu iluminas. Dar tudo ao outro, dar-lhe tanta verdade quanta ele possa suportar, e mais e mais; obrigar o outro a elevar-se a um grau superior de eminência, fulguração, mas não tanto que o fira ou destrua em overdose que o leve a romper o contrato — o difícil equilíbrio dos amantes! Amar é raro porque poucos somos capazes de respirar as vastas planícies com a metade do seu pulmão; e amar é raro porque poucos aceitam a presença do seu gémeo, a boca insaciável de um irmão que todos os dias o vento esculpe e destrói.

Casimiro de Brito, in 'Arte da Respiração'

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Rio de mágoas...



Entre as margens
da saudade
há um leito
que transborda
e inunda o meu peito...

Como um caudal de magia
trazido na corrente
numa longa travessia...

Rio
que vens da nascente
que corres
galopas
no interior da gente...

Porque me arrastas
nas águas
do teu rio
de mágoas...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A Chave do Desejo




Todos os desejos são contraditórios como o do alimento. Gostaria que aquele que amo me amasse. Mas se ele me for totalmente dedicado, deixa de existir, e eu deixo de o amar. E enquanto não me for totalmente dedicado, não me amará o suficiente. Fome e saciedade.
O desejo é mau e ilusório, mas, no entanto, sem o desejo não esquadrinharíamos o verdadeiro absoluto, o verdadeiro ilimitado. É preciso ter passado por isto. Infelizes os seres a quem o cansaço subtrai esta energia suplementar que é a fonte do desejo.
Infeliz, também, aquele a quem o desejo cega.
É preciso arrastar o desejo até ao eixo dos pólos.

Simone Weil, in 'A Gravidade e a Graça'

Literatura.


O Elefante Evapora-se de Haruki Murakami.


Sinopse

Num sufocante dia de Verão, um advogado põe-se à procura do seu gato e dá de caras com uma estranha rapariga num jardim abandonado nas traseiras de casa. Mais adiante, as dores provocadas a meio da noite pela fome levam um jovem casal de recém-cadasos a fazer uma incursão nocturna e a assaltar um McDonald’s para conseguir deitar a mão a trinta hambúrgueres Big Mac, realizando assim um secreto desejo que já vinha dos tempos da adolescência. Um homem fica obcecado pela misteriosa e incrível saga de um elefante que se desvanece em fumo e desaparece da noite para o dia sem deixar rasto. Sem esquecer as confidências de uma mulher casada e jovem mãe com insónias que passa as noites em claro, a ler Tolstoi, e acorda para a vida num mundo indefinido de semiconsciência em que tudo se afigura possível - até mesmo a morte.
Ao longo de dezassete pequenas histórias aparentemente banais, das muitas que povoam o nosso quotidiano, Haruki Murakami transporta o leitor à dimensão paralela de um imaginário delicioso e bizarro ao mesmo tempo, percorrendo um Japão que tem tanto de nostálgico como de moderno. »Muitas vezes divertidos, sempre comoventes», os dezassete contos desta colectânea são prova da extraordinária capacidade narrativa de Haruki Murakami.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Minha declaração de amor

Blogagem colectiva preposta por Nilce Gibson.
do blog a vida de uma guerreira
http://www.nilceguerreira.com


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Pontes que nos atravessam.




Há em nós
uma ponte que nos separa
entre o amor e a solidão
um presente e um passado
cada um para seu lado
seguindo outra direcção...

Há em nós
uma ponte que nos atravessa
entre ruínas e escombros
sonho e promessa
num transpor de descaminhos...

Há em nós
pontes para um futuro
incerto desconhecido
margens do mesmo rio
caminho interrompido
sob as águas do infortúnio...

Há em mim
uma vontade de atravessar
cruzar a nossa ponte
vontade de te abraçar
seguir um novo horizonte.

domingo, 16 de janeiro de 2011

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O meu abraço de solidariedade




Não há desgraça no mundo, por maior que seja, que o amor e a solidariedade não ajude a suportar ...
O meu abraço solidário para todos os que sofrem com a recente catástrofe no Brasil.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Pêndulo.




Flutuo
balanço
sou um sonhador
sou vida
na corda bamba
do amor...

Equilíbrio
quando amado
no amor
amarrado
sou pêndulo partido
desengonçado...

Sou destino
sou o caminho
pêndulo que manda a vida
sonho acordado
sou alma perdida
sou fado...

Sou pêndulo
entre o sorriso e o pranto
silêncio imóvel
na suspensão do firmamento
Sou a tua sombra
teu desencanto
amor e sentimento...